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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Palete reforçado dispensa contêiner
Exportadoras de papel de imprimir e escrever, como a Suzano Bahia Sul Papel e Celulose e a Votorantim Celulose e Papel (VCP), desenvolveram paletes especiais para embarcar o produto cortado em navios que antes levavam apenas celulose.
O papel é carregado diretamente nos porões do navio sem a necessidade do contêiner. Dessa forma, as fábricas encontraram uma alternativa para enfrentar a falta de contêineres e o aumento nos preços desse tipo de frete, resultados da forte alta nas exportações brasileiras.
A mudança trouxe importante redução nos custos. O diretor de negócios internacionais da Suzano Bahia Sul, Rogério Ziviani, informou que, com o reforço na estrutura, os preços dos paletes subiram cerca de R$ 10 enquanto que o custo com o frete caiu entre US$ 18 e US$ 20 por tonelada.
Segundo o gerente geral de logística da VCP, Roberto Vidal, a empresa do grupo Votorantim já embarca entre 40% e 50% do volume exportado mensalmente por meio desse sistema. São aproximadamente 150 mil toneladas de papel "cut size" por ano.
Vidal informou que o percentual não é maior porque é preciso ter um volume mínimo para viabilizar a operação e, além disso, em alguns casos as entregas são "door to door", ou seja, o contêiner segue fechado para a fábrica do cliente.
De acordo com o executivo da VCP, a empresa começou a estudar a alternativa como forma de reduzir custo e acelerou a implantação diante das recentes dificuldades. Vidal disse que a continuidade desse processo dependerá do comportamento do mercado de frete por contêineres.
"Chegamos a ter aumentos de até 100% dependendo da rota. O contêiner trabalha muito no mercado spot e houve um forte incremento. Antes não se pensava nisso porque era o meio de melhor custo", afirmou Vidal. O gerente geral de logística da VCP disse que a previsão do mercado é de que até o final do próximo ano as dificuldades de navios e contêineres vão continuar.
Redução das perdas
Para conseguir implementar a mudança no transporte para o mercado externo, as fábricas tiveram de assegurar um índice mínimo de perda nesse embarque, já que o papel é um produto de transporte mais sensível do que a celulose e tem de manter suas características para garantir uma boa performance.
Já a celulose é transportada normalmente em fardos e, ao chegar ao destino, é dissolvida. Assim, segundo Ziviani, a Suzano acomoda os paletes com papel sobre a celulose. "Nesses navios, usados, por exemplo, para trazer papel jornal para o Brasil, cabem oito camadas. Colocamos a celulose nas primeiras e depois o papel. Com isso, liberamos contêineres para outros produtos", afirmou o executivo.
A indústria brasileira produziu no primeiro semestre deste ano 4 milhões de toneladas de papel, um crescimento de 3,6%, de acordo com dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). As exportações somaram 854 mil toneladas nesse período, com crescimento de 15,8% em comparação com os primeiros seis meses de 2003. Já a produção de celulose aumentou 6,6% na primeira metade de 2004, com 4,7 milhões de toneladas.
As exportações cresceram 18% no período e alcançaram 2,3 milhões de toneladas. Só em junho último aumentaram 28,5%. No caso da Suzano, as exportações de celulose cresceram 32% e passaram de 155,5 mil toneladas para 206,5 mil toneladas no primeiro semestre deste ano. O papel não revestido registrou exportações 9% maiores, com 116,3 mil toneladas.
No caso do papel de imprimir e escrever, as vendas externas aumentaram de 34,4 mil toneladas para 38,6 mil toneladas. Já o papel revestido, cuchê, a alta foi de 174% e a exportação passou de 2,3 mil toneladas em 2003 para 6,3 mil toneladas este ano.
Menor demanda externa
"Fizemos em boa hora os investimentos para aumentar a capacidade de produção de celulose e papel", afirmou o diretor de negócios internacionais da Suzano, salientando que os acréscimos mais os estoques permitiram atender ao aumento na demanda interna e também externa.
Segundo Ziviani, neste trimestre houve um enfraquecimento da demanda tanto da China, devido as medidas governamentais para conter o rápido avanço da economia daquele país, como de outros mercados. "Mas nos últimos cinco dias as encomendas voltaram", disse.
Fonte: Celulose Online – 30/08/2004
O papel é carregado diretamente nos porões do navio sem a necessidade do contêiner. Dessa forma, as fábricas encontraram uma alternativa para enfrentar a falta de contêineres e o aumento nos preços desse tipo de frete, resultados da forte alta nas exportações brasileiras.
A mudança trouxe importante redução nos custos. O diretor de negócios internacionais da Suzano Bahia Sul, Rogério Ziviani, informou que, com o reforço na estrutura, os preços dos paletes subiram cerca de R$ 10 enquanto que o custo com o frete caiu entre US$ 18 e US$ 20 por tonelada.
Segundo o gerente geral de logística da VCP, Roberto Vidal, a empresa do grupo Votorantim já embarca entre 40% e 50% do volume exportado mensalmente por meio desse sistema. São aproximadamente 150 mil toneladas de papel "cut size" por ano.
Vidal informou que o percentual não é maior porque é preciso ter um volume mínimo para viabilizar a operação e, além disso, em alguns casos as entregas são "door to door", ou seja, o contêiner segue fechado para a fábrica do cliente.
De acordo com o executivo da VCP, a empresa começou a estudar a alternativa como forma de reduzir custo e acelerou a implantação diante das recentes dificuldades. Vidal disse que a continuidade desse processo dependerá do comportamento do mercado de frete por contêineres.
"Chegamos a ter aumentos de até 100% dependendo da rota. O contêiner trabalha muito no mercado spot e houve um forte incremento. Antes não se pensava nisso porque era o meio de melhor custo", afirmou Vidal. O gerente geral de logística da VCP disse que a previsão do mercado é de que até o final do próximo ano as dificuldades de navios e contêineres vão continuar.
Redução das perdas
Para conseguir implementar a mudança no transporte para o mercado externo, as fábricas tiveram de assegurar um índice mínimo de perda nesse embarque, já que o papel é um produto de transporte mais sensível do que a celulose e tem de manter suas características para garantir uma boa performance.
Já a celulose é transportada normalmente em fardos e, ao chegar ao destino, é dissolvida. Assim, segundo Ziviani, a Suzano acomoda os paletes com papel sobre a celulose. "Nesses navios, usados, por exemplo, para trazer papel jornal para o Brasil, cabem oito camadas. Colocamos a celulose nas primeiras e depois o papel. Com isso, liberamos contêineres para outros produtos", afirmou o executivo.
A indústria brasileira produziu no primeiro semestre deste ano 4 milhões de toneladas de papel, um crescimento de 3,6%, de acordo com dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). As exportações somaram 854 mil toneladas nesse período, com crescimento de 15,8% em comparação com os primeiros seis meses de 2003. Já a produção de celulose aumentou 6,6% na primeira metade de 2004, com 4,7 milhões de toneladas.
As exportações cresceram 18% no período e alcançaram 2,3 milhões de toneladas. Só em junho último aumentaram 28,5%. No caso da Suzano, as exportações de celulose cresceram 32% e passaram de 155,5 mil toneladas para 206,5 mil toneladas no primeiro semestre deste ano. O papel não revestido registrou exportações 9% maiores, com 116,3 mil toneladas.
No caso do papel de imprimir e escrever, as vendas externas aumentaram de 34,4 mil toneladas para 38,6 mil toneladas. Já o papel revestido, cuchê, a alta foi de 174% e a exportação passou de 2,3 mil toneladas em 2003 para 6,3 mil toneladas este ano.
Menor demanda externa
"Fizemos em boa hora os investimentos para aumentar a capacidade de produção de celulose e papel", afirmou o diretor de negócios internacionais da Suzano, salientando que os acréscimos mais os estoques permitiram atender ao aumento na demanda interna e também externa.
Segundo Ziviani, neste trimestre houve um enfraquecimento da demanda tanto da China, devido as medidas governamentais para conter o rápido avanço da economia daquele país, como de outros mercados. "Mas nos últimos cinco dias as encomendas voltaram", disse.
Fonte: Celulose Online – 30/08/2004
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