Voltar
Notícias
29
jun
2012
(INDÚSTRIA)
Indústria não se anima com pacote
O pacote de medidas de estímulo à economia anunciado pelo governo federal não garante benefícios à indústria nacional, segundo avaliação da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). "A boa intenção do governo é excelente, mas tem que haver um compromisso das indústrias que serão beneficiadas de que haja uma produção local", destacou Luiz Aubert Neto, presidente da entidade. O governo anunciou que vai comprar R$ 8,4 bilhões em equipamentos.
Neto falou durante anúncio dos resultados do setor do mês de maio e do acumulado do ano, em São Paulo. Sobre as medidas, Neto reclama que não há uma exigência de que as peças e componentes utilizados na fabricação dos bens de consumo sejam nacionais. "Em 2007, 98% dos motores elétricos das lavadoras de roupa eram fabricados aqui. Em 2009, após a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), este número caiu para 61%", apontou. O governo reduziu o imposto, na época, para incentivar produção e consumo.
"O governo, quando implanta essas medidas, tem a obrigação de incentivar a produção local", afirmou Neto aos jornalistas. "O mercado interno está sendo suprido pelos importados. Nosso setor está sendo rifado. Hoje, de cada 100 máquinas consumidas no Brasil, 70 são importadas", afirmou. "Todas as medidas do governo são bem-vindas, mas não dá para garantir que vai melhorar (a situação do setor)", avaliou.
Para o executivo, as medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff não terão efeito se não houver "um compromisso de proteger a cadeia produtiva". De acordo com o executivo, o Brasil está sofrendo um processo de "desnacionalização".
"O Brasil é o único país do BRIC (bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia e China) que não tem uma indústria automotiva própria [com marcas nacionais]. Estamos perdendo nossas empresas de serviços também. O Brasil está perdendo poder de decisão. Estamos em uma guerra comercial. Os grandes grupos internacionais estão vindo aqui para ganhar mercado", disse, ressaltando que importantes empresas nacionais dos setores de educação, abastecimento e aéreo, por exemplo, já estão nas mãos de grupos estrangeiros.
Neto também não fez uma avaliação muito positiva da redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 6% para 5,5% ao ano, parte do pacote governamental. "As taxas de juros melhoraram, mas ainda estão longe de ser o ideal", disse. Em relação à carga de impostos, o executivo destacou a necessidade de se reduzir o ICMS. "Fala-se tanto do governo federal, mas precisa-se olhar para os governos estaduais. O ICMS é o imposto que mais pesa e os estados não estão abrindo mão de nada", disse.
Balança comercial
As exportações brasileiras do setor de máquinas e equipamentos somaram US$ 4,972 bilhões de janeiro a maio de 2012, um crescimento de 12,3% sobre o mesmo período do ano passado. O cenário positivo das vendas externas puxou o faturamento total do setor no período, que foi de R$ 32,762 bilhões (+1,5% sobre o mesmo período de 2011), e de R$ 7,141 bilhões em maio (+11,2% sobre abril/2012 e -1% sobre maio/2011).
Os setores que puxaram as vendas externas foram o de máquinas para logística e construção civil (+22,1) e infraestrutura que, juntos, representam 40% do mercado.
As importações aumentaram 10,6% de janeiro a maio de 2012, somando US$ 12,8 bilhões. Somente em maio, as importações foram de US$ 3,067 bilhões. O crescimento das compras externas foi impulsionado por máquinas para indústria de transformação, infraestrutura e indústria de base.
A América Latina foi o principal mercado para as exportações brasileiras, tendo comprado US$ 2,103 bilhões de janeiro a maio de 2012. Em seguida, vieram Estados Unidos (US$ 1,01 bilhão) e Europa (US$ 858 milhões).
Entre os árabes, a Arábia Saudita (US$ 33 milhões) e os Emirados (US$ 28 milhões) foram os principais mercados compradores de máquinas e equipamentos do Brasil.
Neto falou durante anúncio dos resultados do setor do mês de maio e do acumulado do ano, em São Paulo. Sobre as medidas, Neto reclama que não há uma exigência de que as peças e componentes utilizados na fabricação dos bens de consumo sejam nacionais. "Em 2007, 98% dos motores elétricos das lavadoras de roupa eram fabricados aqui. Em 2009, após a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), este número caiu para 61%", apontou. O governo reduziu o imposto, na época, para incentivar produção e consumo.
"O governo, quando implanta essas medidas, tem a obrigação de incentivar a produção local", afirmou Neto aos jornalistas. "O mercado interno está sendo suprido pelos importados. Nosso setor está sendo rifado. Hoje, de cada 100 máquinas consumidas no Brasil, 70 são importadas", afirmou. "Todas as medidas do governo são bem-vindas, mas não dá para garantir que vai melhorar (a situação do setor)", avaliou.
Para o executivo, as medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff não terão efeito se não houver "um compromisso de proteger a cadeia produtiva". De acordo com o executivo, o Brasil está sofrendo um processo de "desnacionalização".
"O Brasil é o único país do BRIC (bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia e China) que não tem uma indústria automotiva própria [com marcas nacionais]. Estamos perdendo nossas empresas de serviços também. O Brasil está perdendo poder de decisão. Estamos em uma guerra comercial. Os grandes grupos internacionais estão vindo aqui para ganhar mercado", disse, ressaltando que importantes empresas nacionais dos setores de educação, abastecimento e aéreo, por exemplo, já estão nas mãos de grupos estrangeiros.
Neto também não fez uma avaliação muito positiva da redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 6% para 5,5% ao ano, parte do pacote governamental. "As taxas de juros melhoraram, mas ainda estão longe de ser o ideal", disse. Em relação à carga de impostos, o executivo destacou a necessidade de se reduzir o ICMS. "Fala-se tanto do governo federal, mas precisa-se olhar para os governos estaduais. O ICMS é o imposto que mais pesa e os estados não estão abrindo mão de nada", disse.
Balança comercial
As exportações brasileiras do setor de máquinas e equipamentos somaram US$ 4,972 bilhões de janeiro a maio de 2012, um crescimento de 12,3% sobre o mesmo período do ano passado. O cenário positivo das vendas externas puxou o faturamento total do setor no período, que foi de R$ 32,762 bilhões (+1,5% sobre o mesmo período de 2011), e de R$ 7,141 bilhões em maio (+11,2% sobre abril/2012 e -1% sobre maio/2011).
Os setores que puxaram as vendas externas foram o de máquinas para logística e construção civil (+22,1) e infraestrutura que, juntos, representam 40% do mercado.
As importações aumentaram 10,6% de janeiro a maio de 2012, somando US$ 12,8 bilhões. Somente em maio, as importações foram de US$ 3,067 bilhões. O crescimento das compras externas foi impulsionado por máquinas para indústria de transformação, infraestrutura e indústria de base.
A América Latina foi o principal mercado para as exportações brasileiras, tendo comprado US$ 2,103 bilhões de janeiro a maio de 2012. Em seguida, vieram Estados Unidos (US$ 1,01 bilhão) e Europa (US$ 858 milhões).
Entre os árabes, a Arábia Saudita (US$ 33 milhões) e os Emirados (US$ 28 milhões) foram os principais mercados compradores de máquinas e equipamentos do Brasil.
Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe
Notícias em destaque

Maderea consolida a transparência no mercado madeireiro com sua ferramenta de precificação em tempo real
Dois meses após o lançamento de sua ferramenta pioneira, a Maderea continua marcando uma virada no acesso a dados de preços...
(GERAL)

A indústria de madeira da Indonésia precisa de modernização de maquinário
Para aumentar a qualidade e a competitividade dos móveis e produtos de madeira da Indonésia, a modernização de...
(INTERNACIONAL)

Bambu como material para arquitetura é apresentado em Madri
No dia 1º de julho, a MOSO, fabricante de produtos de bambu de alto desempenho, realizou uma reunião em Madri com o Matter and...
(GERAL)

Exportações do agronegócio brasileiro caem 3,6 por cento em junho, mas mantêm estabilidade no primeiro semestre
Exportações de junho recuam 3,6% no agronegócio brasileiro
As exportações do agronegócio do Brasil...
(MERCADO)

Crises climáticas pressionam setor de celulose a ampliar clones de Eucalipto
O cruzamento permite o melhoramento da planta e a obtenção de árvores com características superiores
Na sede de...
(TECNOLOGIA)

Veracel Celulose celebra 34 anos impulsionando o desenvolvimento econômico e social no Sul da Bahia
Com mais de três décadas de atuação, a empresa se consolida como referência em geração de empregos,...
(PAPEL E CELULOSE)