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Notícias
25
jun
2012
(GERAL)
Embrapa retoma projeto com seringueiras no Pará
A Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está no momento recompondo suas equipes de pesquisadores e organizando um portfólio de projetos para a seringueira com amplitude para todo o Brasil.
A informação, que traz novo alento para o setor, tão duramente maltratado no Brasil ao longo das últimas décadas, foi dada esta semana pelo chefe geral da Embrapa Amazônia Oriental, Cláudio José Reis de Carvalho.
O trabalho de pesquisas sobre a seringueira só não foi paralisado por completo graças a contribuição de vários pesquisadores e à obstinação do professor Vicente Haroldo Moraes e sua equipe, que persistiram nos estudos de enxertia de copas.
Esses estudos trouxeram como resultado a constatação científica de que o chamado “mal das folhas”, que representava uma ameaça fatal para o cultivo da seringueira na região, não resultava de problemas de solo, mas tinha origem fitossanitária, que era causada por um fungo. Com isso abriu-se caminho também para a solução, com o desenvolvimento de clones resistentes através do uso de raízes, caules e copas de plantas diferentes.
PRODUÇÃO NO PARÁ
Foi a partir daí, de acordo com o chefe geral da Embrapa, que o Brasil começou a cultivar a seringueira nas Regiões Sul e Sudeste, que viriam a se tornar as maiores produtoras nacionais, embora não ainda em volume suficiente para atender à demanda interna.
No Pará, a Embrapa decidiu retomar novamente as pesquisas com seringueira, contando para isso com um fato novo e alentador propiciado pelo avanço do conhecimento científico. Segundo Cláudio Carvalho, nas regiões sul e sudeste do Estado existe zona de escape climático favorável à cultura da seringueira. Em outras palavras, o clima das duas regiões, de certo modo parecido com o do cerrado Centro-Oeste do Brasil, não favorece a sobrevivência do fungo causador do “mal das folhas”.
Esta condição decorre do fato de não haver umidade sobre as folhas em tempo suficiente e necessário para a germinação dos esporos. Os pesquisadores da Embrapa estão convencidos, assim, de que há boas perspectivas para a retomada do cultivo da seringueira no sul e sudeste paraense, regiões onde existe grande número de assentamentos.
Como a produção de borracha é uma atividade intensiva em mão de obra – dada a impossibilidade da mecanização no trabalho de sangria da seringueira –, esta pode ser uma alternativa econômica muito atraente aos pequenos e médios produtores da agricultura familiar.
De acordo com Cláudio Carvalho, a borracha tem o seu preço em alta e conta com mercado garantido. Além disso, a seringueira pode ser cultivada com vantagens em consórcio com pastagens, com sistemas alimentares e em projetos de reflorestamento.
Além disso, ao final do ciclo produtivo do látex, em torno de vinte anos, para permitir a renovação do plantio, a árvore se presta à comercialização para a indústria madeireira, dado o seu alto valor comercial e plena aceitação no mercado.
NOVAS TECNOLOGIAS
Uma nova tecnologia, baseada na enxertia de copa com híbridos Hevea, se revelou eficiente no controle da doença, permitindo o cultivo da seringueira mesmo em áreas endêmicas, ou seja, onde costuma ocorrer naturalmente o fungo causador da enfermidade.
O estudo foi conduzido por meio de uma parceria entre pesquisadores da Embrapa Soja de Londrina, no Paraná, e a Embrapa Amazônia Ocidental, com sede em Manaus. Os pesquisadores avaliaram o desempenho de quase duas dezenas de clones de painel enxertados com copas resistentes ao mal das folhas.
Os clones aprovados pelos estudiosos apresentaram maior potencial ao longo de três anos, com rendimento médio de borracha seca superior a 1.800 quilos por hectare. A pesquisa foi realizada por meio de um ensaio instalado em 2002, em área experimental em Manaus.
A informação, que traz novo alento para o setor, tão duramente maltratado no Brasil ao longo das últimas décadas, foi dada esta semana pelo chefe geral da Embrapa Amazônia Oriental, Cláudio José Reis de Carvalho.
O trabalho de pesquisas sobre a seringueira só não foi paralisado por completo graças a contribuição de vários pesquisadores e à obstinação do professor Vicente Haroldo Moraes e sua equipe, que persistiram nos estudos de enxertia de copas.
Esses estudos trouxeram como resultado a constatação científica de que o chamado “mal das folhas”, que representava uma ameaça fatal para o cultivo da seringueira na região, não resultava de problemas de solo, mas tinha origem fitossanitária, que era causada por um fungo. Com isso abriu-se caminho também para a solução, com o desenvolvimento de clones resistentes através do uso de raízes, caules e copas de plantas diferentes.
PRODUÇÃO NO PARÁ
Foi a partir daí, de acordo com o chefe geral da Embrapa, que o Brasil começou a cultivar a seringueira nas Regiões Sul e Sudeste, que viriam a se tornar as maiores produtoras nacionais, embora não ainda em volume suficiente para atender à demanda interna.
No Pará, a Embrapa decidiu retomar novamente as pesquisas com seringueira, contando para isso com um fato novo e alentador propiciado pelo avanço do conhecimento científico. Segundo Cláudio Carvalho, nas regiões sul e sudeste do Estado existe zona de escape climático favorável à cultura da seringueira. Em outras palavras, o clima das duas regiões, de certo modo parecido com o do cerrado Centro-Oeste do Brasil, não favorece a sobrevivência do fungo causador do “mal das folhas”.
Esta condição decorre do fato de não haver umidade sobre as folhas em tempo suficiente e necessário para a germinação dos esporos. Os pesquisadores da Embrapa estão convencidos, assim, de que há boas perspectivas para a retomada do cultivo da seringueira no sul e sudeste paraense, regiões onde existe grande número de assentamentos.
Como a produção de borracha é uma atividade intensiva em mão de obra – dada a impossibilidade da mecanização no trabalho de sangria da seringueira –, esta pode ser uma alternativa econômica muito atraente aos pequenos e médios produtores da agricultura familiar.
De acordo com Cláudio Carvalho, a borracha tem o seu preço em alta e conta com mercado garantido. Além disso, a seringueira pode ser cultivada com vantagens em consórcio com pastagens, com sistemas alimentares e em projetos de reflorestamento.
Além disso, ao final do ciclo produtivo do látex, em torno de vinte anos, para permitir a renovação do plantio, a árvore se presta à comercialização para a indústria madeireira, dado o seu alto valor comercial e plena aceitação no mercado.
NOVAS TECNOLOGIAS
Uma nova tecnologia, baseada na enxertia de copa com híbridos Hevea, se revelou eficiente no controle da doença, permitindo o cultivo da seringueira mesmo em áreas endêmicas, ou seja, onde costuma ocorrer naturalmente o fungo causador da enfermidade.
O estudo foi conduzido por meio de uma parceria entre pesquisadores da Embrapa Soja de Londrina, no Paraná, e a Embrapa Amazônia Ocidental, com sede em Manaus. Os pesquisadores avaliaram o desempenho de quase duas dezenas de clones de painel enxertados com copas resistentes ao mal das folhas.
Os clones aprovados pelos estudiosos apresentaram maior potencial ao longo de três anos, com rendimento médio de borracha seca superior a 1.800 quilos por hectare. A pesquisa foi realizada por meio de um ensaio instalado em 2002, em área experimental em Manaus.
Fonte: Diário do Pará
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