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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Indústria de máquinas em recuperação.
Abimaq espera expansão de 13% nas exportações, na comparação com ano o passado. O compromisso da Argentina de voltar a adotar Tarifa Externa Comum (TEC) de 14% nas importações de bens de capital, a partir de janeiro de 2004, trouxe alento às empresas brasileiras exportadoras de máquinas e equipamentos. As tarifas estavam zeradas há mais de dois anos.
"O Brasil retomará, assim, suas margens de preferência em relação a terceiros países", comemora o presidente da Associação Brasileira de Maquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Carlos Delben Leite, acreditando na expansão de vendas. Segundo ele, o total das exportações brasileiras de bens de capital deverá atingir este ano cerca de US$ 4 bilhões, com crescimento de 13% na comparação com o período anterior. "No início do ano, as estimativas da Abimaq eram de alta nas vendas externas de apenas 8% em 2003", lembra Delben Leite, apostando, agora, na promessa do governo de restabelecimento do Convênio de Crédito Recíproco (CCR) como mecanismo de ampliação do comércio regional.
Ele já contabiliza sólida retomada do mercado argentino, para onde as vendas da Abimaq aumentaram 178% no primeiro quadrimestre deste ano, no total de US$ 105 milhões, face os tímidos US$ 37,6 milhões embarcados em igual período de 2002, auge da crise econômica da Argentina. Máquinas agrícolas e rodoviárias, equipamentos para refrigeração e bombas destacaram-se entre os principais equipamentos brasileiros para os argentinos.
Ainda assim, o total das exportações brasileiras de bens de capital ainda mostra, até abril último, recuo de 11% na comparação com igual período de 2002, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Mas o resultado negativo é puxado, principalmente, por um único item da pauta (equipamento móvel de transportes, com queda de 35,2% e onde estão empilhadeiras, vagões, locomotivas).
Praticamente todos os demais grupos de produtos do capítulo "bens de capital" já mostram crescimento das vendas externas.Com isso e o declínio de 15,6% nas importações brasileiras de máquinas e equipamentos até abril último, o déficit da balança comercial do setor caiu para US$ 825 milhões, face o rombo de US$ 1,1 bilhão em igual período de 2002.
A supervisora de comércio exterior da Ciber, Patrícia de Poli, diz que os argentinos, após praticamente se retirarem do mercado no ano passado, voltaram a pedir cotação de preços para equipamentos de usinas de asfalto e frisadeiras, carro-chefe da linha de fabricação da empresa gaúcha.
Em seu entender, a retomada da TEC a 14% pela Argentina ampliará a competitividade do equipamento brasileiro em relação a bens de capital europeus e americanos, ou seja, de procedência de terceiros países. Patrícia lembra, contudo, que o segmento de produtos da Ciber depende principalmente da retomada de obras de infra-estrutura física - setor considerado prioritário na política de integração regional do governo Lula.
Para a gerente de assuntos institucionais da Caterpillar, Suely Agostinho, a futura retomada da TEC pela Argentina sinaliza a disposição do governo vizinho de fortalecer o bloco comercial do Mercosul. "A Argentina é o mercado natural para as exportações brasileiras", avalia ela.
O diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, observa que, com base nas exportações totais à Argentina de US$ 1,471 bilhão nos primeiros cinco meses deste ano, é possível projetar vendas para os doze meses de 2003 de US$ 3,530 bilhões. "Valor maior que os US$ 2,341 bilhões exportados em 2002, mas, ainda assim, comparável apenas aos tímidos patamares de 1992 ou de 1993, ou seja, antes da criação do Mercosul", compara ele.
Mesmo levando em conta a base de comparação pequena - no ano passado as vendas brasileiras aos argentinos caíram a níveis sem precedentes -, e embora com cautela, o comportamento atual das vendas é comemorado por exportadores brasileiros.
O presidente do Grupo Brasil - que reúne empresas brasileiras que operam na Argentina -, Elói Almeida, reconhece que "a situação começa a melhorar e firmas brasileiras estão voltando a exportar". Segundo ele, o dólar baixo estimula as importações argentinas, inclusive as de produtos brasileiros. Almeida aguarda, contudo, o restabelecimento do mecanismo de Convênio de Crédito Recíproco (CCR) para o aumento do intercâmbio comercial, pois o CCR com limite de operação de US$ 200 mil travou oportunidades de negócios.
Lívia Ferrari
Fonte: Gazeta
"O Brasil retomará, assim, suas margens de preferência em relação a terceiros países", comemora o presidente da Associação Brasileira de Maquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Carlos Delben Leite, acreditando na expansão de vendas. Segundo ele, o total das exportações brasileiras de bens de capital deverá atingir este ano cerca de US$ 4 bilhões, com crescimento de 13% na comparação com o período anterior. "No início do ano, as estimativas da Abimaq eram de alta nas vendas externas de apenas 8% em 2003", lembra Delben Leite, apostando, agora, na promessa do governo de restabelecimento do Convênio de Crédito Recíproco (CCR) como mecanismo de ampliação do comércio regional.
Ele já contabiliza sólida retomada do mercado argentino, para onde as vendas da Abimaq aumentaram 178% no primeiro quadrimestre deste ano, no total de US$ 105 milhões, face os tímidos US$ 37,6 milhões embarcados em igual período de 2002, auge da crise econômica da Argentina. Máquinas agrícolas e rodoviárias, equipamentos para refrigeração e bombas destacaram-se entre os principais equipamentos brasileiros para os argentinos.
Ainda assim, o total das exportações brasileiras de bens de capital ainda mostra, até abril último, recuo de 11% na comparação com igual período de 2002, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Mas o resultado negativo é puxado, principalmente, por um único item da pauta (equipamento móvel de transportes, com queda de 35,2% e onde estão empilhadeiras, vagões, locomotivas).
Praticamente todos os demais grupos de produtos do capítulo "bens de capital" já mostram crescimento das vendas externas.Com isso e o declínio de 15,6% nas importações brasileiras de máquinas e equipamentos até abril último, o déficit da balança comercial do setor caiu para US$ 825 milhões, face o rombo de US$ 1,1 bilhão em igual período de 2002.
A supervisora de comércio exterior da Ciber, Patrícia de Poli, diz que os argentinos, após praticamente se retirarem do mercado no ano passado, voltaram a pedir cotação de preços para equipamentos de usinas de asfalto e frisadeiras, carro-chefe da linha de fabricação da empresa gaúcha.
Em seu entender, a retomada da TEC a 14% pela Argentina ampliará a competitividade do equipamento brasileiro em relação a bens de capital europeus e americanos, ou seja, de procedência de terceiros países. Patrícia lembra, contudo, que o segmento de produtos da Ciber depende principalmente da retomada de obras de infra-estrutura física - setor considerado prioritário na política de integração regional do governo Lula.
Para a gerente de assuntos institucionais da Caterpillar, Suely Agostinho, a futura retomada da TEC pela Argentina sinaliza a disposição do governo vizinho de fortalecer o bloco comercial do Mercosul. "A Argentina é o mercado natural para as exportações brasileiras", avalia ela.
O diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, observa que, com base nas exportações totais à Argentina de US$ 1,471 bilhão nos primeiros cinco meses deste ano, é possível projetar vendas para os doze meses de 2003 de US$ 3,530 bilhões. "Valor maior que os US$ 2,341 bilhões exportados em 2002, mas, ainda assim, comparável apenas aos tímidos patamares de 1992 ou de 1993, ou seja, antes da criação do Mercosul", compara ele.
Mesmo levando em conta a base de comparação pequena - no ano passado as vendas brasileiras aos argentinos caíram a níveis sem precedentes -, e embora com cautela, o comportamento atual das vendas é comemorado por exportadores brasileiros.
O presidente do Grupo Brasil - que reúne empresas brasileiras que operam na Argentina -, Elói Almeida, reconhece que "a situação começa a melhorar e firmas brasileiras estão voltando a exportar". Segundo ele, o dólar baixo estimula as importações argentinas, inclusive as de produtos brasileiros. Almeida aguarda, contudo, o restabelecimento do mecanismo de Convênio de Crédito Recíproco (CCR) para o aumento do intercâmbio comercial, pois o CCR com limite de operação de US$ 200 mil travou oportunidades de negócios.
Lívia Ferrari
Fonte: Gazeta
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