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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Apagão florestal
Com um déficit nacional de pelo menos 250 mil hectares de florestas, o setor madeireiro vive a iminência de ficar sem matéria-prima para a produção de móveis, carvão vegetal, lenha e celulose. É o início do chamado apagão florestal, jargão utilizado por especialistas e empresários do ramo.
No Rio Grande do Sul, a indústria moveleira já deu início à importação de madeira. Por conta da crise, a compra de matéria-prima do Exterior no Estado cresceu 113,36% entre maio e junho, quando comparada ao mesmo período de 2003. Os gaúchos do setor moveleiro detêm 22% da produção nacional de móveis, geram 35 mil empregos diretos, mas não têm base florestal própria.
- Estamos comprando matéria-prima de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Argentina. A escassez tem contribuído para a instabilidade do preço, que entre abril e agosto subiu 28%. É a lei da oferta e da procura. O problema é que não podemos repassar este percentual, em dólar, aos nossos clientes no Exterior - analisa o presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), Ivanor Scotton.
Embora projete um crescimento de US$ 100 milhões nas exportações do setor, a Movergs não acredita que os empresários terão os lucros elevados. Segundo Scotton, a maior parte da produção gaúcha de madeira ainda é exportada sem valor agregado - somente cortada, serrada ou em toras, por exemplo -, porque o produtor consegue melhores preços fora do país. No primeiro semestre, as exportações de madeira subiram 17,28%, em relação a 2003.
- Para conter a carência de matéria-prima, os próprios empresários precisam ampliar ou criar suas bases florestais. Além disso, é importante que o governo incentive os proprietários de terra a enxergarem o reflorestamento como negócio rentável e ofereça condições e financiamentos para o plantio - estaca o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Odelir Battistella.
É preciso investir
Os especialistas prevêem que, em 2020, poderão faltar 27 milhões de metros cúbicos de toras de pinus, a espécie mais usada na produção de madeira exportada. De acordo com o consultor da Abimci, Marco Tuoto, é o suficiente para produzir mais de 150 milhões de portas de madeira ou 10 milhões de metros cúbicos de compensado, o equivalente a quase sete vezes o volume exportado anualmente pelo Brasil.
- O Brasil deveria plantar 450 mil hectares de pinus por ano. Planta 200 mil hectares. No Estado, a discrepância entre a demanda e as florestas disponíveis é de 20 mil hectares - relata o diretor executivo da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), José Lauro Quadros.
Um grupo de trabalho que envolve cinco secretarias e o Comitê da Indústria de Base Florestal e Moveleira da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) está empenhado em frear as conseqüências do apagão florestal no Estado. O foco é convencer proprietários de terra a apostar no setor e distribuir as florestas entre grandes e pequenos investidores. Pelo Programa de Financiamento Florestal, o produtor pode obter cerca de R$ 150 mil por ano para o plantio. O valor será pago parcelado, com oito anos de carência e juro fixo de 8,75%.
Fonte: Jornal Pioneiro – 23/08/2004
No Rio Grande do Sul, a indústria moveleira já deu início à importação de madeira. Por conta da crise, a compra de matéria-prima do Exterior no Estado cresceu 113,36% entre maio e junho, quando comparada ao mesmo período de 2003. Os gaúchos do setor moveleiro detêm 22% da produção nacional de móveis, geram 35 mil empregos diretos, mas não têm base florestal própria.
- Estamos comprando matéria-prima de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Argentina. A escassez tem contribuído para a instabilidade do preço, que entre abril e agosto subiu 28%. É a lei da oferta e da procura. O problema é que não podemos repassar este percentual, em dólar, aos nossos clientes no Exterior - analisa o presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), Ivanor Scotton.
Embora projete um crescimento de US$ 100 milhões nas exportações do setor, a Movergs não acredita que os empresários terão os lucros elevados. Segundo Scotton, a maior parte da produção gaúcha de madeira ainda é exportada sem valor agregado - somente cortada, serrada ou em toras, por exemplo -, porque o produtor consegue melhores preços fora do país. No primeiro semestre, as exportações de madeira subiram 17,28%, em relação a 2003.
- Para conter a carência de matéria-prima, os próprios empresários precisam ampliar ou criar suas bases florestais. Além disso, é importante que o governo incentive os proprietários de terra a enxergarem o reflorestamento como negócio rentável e ofereça condições e financiamentos para o plantio - estaca o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Odelir Battistella.
É preciso investir
Os especialistas prevêem que, em 2020, poderão faltar 27 milhões de metros cúbicos de toras de pinus, a espécie mais usada na produção de madeira exportada. De acordo com o consultor da Abimci, Marco Tuoto, é o suficiente para produzir mais de 150 milhões de portas de madeira ou 10 milhões de metros cúbicos de compensado, o equivalente a quase sete vezes o volume exportado anualmente pelo Brasil.
- O Brasil deveria plantar 450 mil hectares de pinus por ano. Planta 200 mil hectares. No Estado, a discrepância entre a demanda e as florestas disponíveis é de 20 mil hectares - relata o diretor executivo da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), José Lauro Quadros.
Um grupo de trabalho que envolve cinco secretarias e o Comitê da Indústria de Base Florestal e Moveleira da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) está empenhado em frear as conseqüências do apagão florestal no Estado. O foco é convencer proprietários de terra a apostar no setor e distribuir as florestas entre grandes e pequenos investidores. Pelo Programa de Financiamento Florestal, o produtor pode obter cerca de R$ 150 mil por ano para o plantio. O valor será pago parcelado, com oito anos de carência e juro fixo de 8,75%.
Fonte: Jornal Pioneiro – 23/08/2004
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