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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Governo e ongs discutem medidas para salvar as araucárias.
Entre as medidas, estão a criação de unidades de conservação, a implantação de bancos de sementes e patrocínios para os proprietários que quiserem preservar.
A criação de unidades de conservação para preservar os poucos fragmentos das matas de araucárias é a prioridade do Grupo de Trabalho Araucárias Sul - Mata Atlântica, com representantes do Ibama, das secretarias estaduais de Meio Ambiente dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e da Rede de ONGs da Mata Atlântica, em Curitiba, Paraná. Os participantes discutiram, principalmente, quais as informações e estudos complementares necessários para efetivar a implantação de parques nacionais ou estaduais nas áreas destinadas a proteção especial, definidas por portarias do Ministério do Meio Ambiente, no fim do ano passado.
As portarias foram publicadas depois que ambientalistas comprovaram, através de sobrevôos e visitas a campo, a exploração madeireira nos principais remanescentes de floresta ombrófila mista (matas de araucárias) em Santa Catarina e no Paraná. As áreas pré-indicadas para a criação de unidades de conservação são Água Doce e Abelardo Luz (em Abelardo Luz) e Ponte Serrada (em Ponte Serrada e Passos Maia), em Santa Catarina; e, no Paraná, Tumeiras do Oeste (Tumeiras do Oeste e Cianorte), Candói (Candói), Palmas (Palmas) e Guarapuava (Guarapuava, Inácio Martins e Cruz Machado), a maior delas, com 120 mil ha.
O esforço para preservar as araucárias inclui, ainda, a participação das Florestas Nacionais (Flonas) no processo. Durante o encontro dos chefes das nove Flonas da região Sul, na Flona de Três Barras, em Santa Catarina, foi discutida a criação de bancos de sementes e de mudas nestas unidades de conservação, para subsidiar o reflorestamento da espécie. “Estamos planejando a exploração econômica das Flonas, a partir de ações locais, que incluem a relação com universidades e econegócios, como a coleta do pinhão pelas comunidades do entorno das florestas”, explica Francisco Campelo, coordenador geral de Flonas do Ibama.
Além dos projetos governamentais, uma campanha para a preservação das florestas com araucárias acaba de ser lançada pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), entidade ambientalista paranaense. “Existem várias áreas de araucárias no Paraná que estão em propriedades privadas, cujo dono não tem recursos para manter. Nossa intenção é que essas áreas sejam adotadas por empresas”, explica Clóvis Borges, diretor executivo da ong. Com a adoção, o proprietário da área passa a ter os recursos necessários para desenvolver um trabalho de preservação e um plano de manejo da área, com supervisão direta de técnicos e pesquisadores da SPVS.
“O momento é crítico, pois a floresta de araucária está praticamente extinta. De 7,5 milhões de hectares (ha), restou menos de 60 mil ha em bom estado de conservação. No Paraná, são cerca de 500 áreas pequenas, de 50 a 150 ha. Tivemos nas últimas décadas o aniquilamento deste bioma, a despeito do rigor da lei. Na prática, o Estado não tem tido competência para fiscalizar e o setor madeireiro não tem interesse na conservação”, avalia Borges. No momento, a entidade está cadastrando proprietários interessados no patrocínio. A partir daí, uma equipe técnica vai avaliar o que precisa ser feito e quanto custaria para preservar a mata, para depois fazer a ligação com as empresas interessadas em fazer doações.
Maura Campanili
Fonte: Estadão
A criação de unidades de conservação para preservar os poucos fragmentos das matas de araucárias é a prioridade do Grupo de Trabalho Araucárias Sul - Mata Atlântica, com representantes do Ibama, das secretarias estaduais de Meio Ambiente dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e da Rede de ONGs da Mata Atlântica, em Curitiba, Paraná. Os participantes discutiram, principalmente, quais as informações e estudos complementares necessários para efetivar a implantação de parques nacionais ou estaduais nas áreas destinadas a proteção especial, definidas por portarias do Ministério do Meio Ambiente, no fim do ano passado.
As portarias foram publicadas depois que ambientalistas comprovaram, através de sobrevôos e visitas a campo, a exploração madeireira nos principais remanescentes de floresta ombrófila mista (matas de araucárias) em Santa Catarina e no Paraná. As áreas pré-indicadas para a criação de unidades de conservação são Água Doce e Abelardo Luz (em Abelardo Luz) e Ponte Serrada (em Ponte Serrada e Passos Maia), em Santa Catarina; e, no Paraná, Tumeiras do Oeste (Tumeiras do Oeste e Cianorte), Candói (Candói), Palmas (Palmas) e Guarapuava (Guarapuava, Inácio Martins e Cruz Machado), a maior delas, com 120 mil ha.
O esforço para preservar as araucárias inclui, ainda, a participação das Florestas Nacionais (Flonas) no processo. Durante o encontro dos chefes das nove Flonas da região Sul, na Flona de Três Barras, em Santa Catarina, foi discutida a criação de bancos de sementes e de mudas nestas unidades de conservação, para subsidiar o reflorestamento da espécie. “Estamos planejando a exploração econômica das Flonas, a partir de ações locais, que incluem a relação com universidades e econegócios, como a coleta do pinhão pelas comunidades do entorno das florestas”, explica Francisco Campelo, coordenador geral de Flonas do Ibama.
Além dos projetos governamentais, uma campanha para a preservação das florestas com araucárias acaba de ser lançada pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), entidade ambientalista paranaense. “Existem várias áreas de araucárias no Paraná que estão em propriedades privadas, cujo dono não tem recursos para manter. Nossa intenção é que essas áreas sejam adotadas por empresas”, explica Clóvis Borges, diretor executivo da ong. Com a adoção, o proprietário da área passa a ter os recursos necessários para desenvolver um trabalho de preservação e um plano de manejo da área, com supervisão direta de técnicos e pesquisadores da SPVS.
“O momento é crítico, pois a floresta de araucária está praticamente extinta. De 7,5 milhões de hectares (ha), restou menos de 60 mil ha em bom estado de conservação. No Paraná, são cerca de 500 áreas pequenas, de 50 a 150 ha. Tivemos nas últimas décadas o aniquilamento deste bioma, a despeito do rigor da lei. Na prática, o Estado não tem tido competência para fiscalizar e o setor madeireiro não tem interesse na conservação”, avalia Borges. No momento, a entidade está cadastrando proprietários interessados no patrocínio. A partir daí, uma equipe técnica vai avaliar o que precisa ser feito e quanto custaria para preservar a mata, para depois fazer a ligação com as empresas interessadas em fazer doações.
Maura Campanili
Fonte: Estadão
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