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Notícias

20
abr
2012
(PAPEL E CELULOSE)
Paradas reduzem em 200 mil toneladas produção de celulose em 2012
As paradas programadas das plantas de celulose no Brasil trarão uma redução de produção em 2012 de mais de 200 mil toneladas, principalmente celulose branqueada de eucalipto, segundo levantamento da PPI América Latina. Os cortes estão concentrados no segundo trimestre do ano, quando as linhas de celulose deixarão de produzir quase que metade da diminuição estimada para 2012.

Conduzidas anualmente e em linha com o balanço global de oferta e demanda do mercado, as paradas de manutenção das fábricas de celulose podem gerar algum impacto nas negociações, segundo fontes. Muitos acreditam que elas criam pressão nos preços, já que restringem temporariamente a oferta. "Os clientes se reestocam antes das paradas. Há uma procura maior pela celulose", avalia um contato. "Com a redução na oferta, os consumidores tendem a olhar com mais intensidade para o produto", acrescentou outra fonte.
No entanto, há pessoas que não veem espaço para alteração nas negociações. "O principal elemento é a China. É ela quem dita as regras de oferta de demanda", disse um entrevistado.

A maior produtora mundial de celulose de eucalipto, a Fibria, deverá retirar do mercado 59 mil toneladas, graças às paradas das três linhas da unidade de Aracruz (ES) e da planta de Três Lagoas (MS), que ficará em manutenção de 25 de junho a 4 de julho. Enquanto isso, a Suzano Papel e Celulose fará parada na linha 1 da planta de Mucuri (BA), no primeiro semestre, enquanto a linha 2 interrompe as atividades no segundo semestre. Ambas as linhas terão uma redução estimada de 48,5 mil toneladas.

Outras paradas menores também estão previstas no cronograma das empresas. A Cenibra parará as linhas 1 e 2 de sua planta de Belo Oriente (MG) em setembro e outubro deste ano, devendo retirar do mercado 41.688 toneladas de fibra de eucalipto. A PPI América Latina apurou que a companhia ainda fará paradas menores, com duração de horas, que deverão gerar cortes adicionais de 3 mil a 4 mil toneladas. "São paradas curtas, mas que já trazem diminuição de produção. Volume esse que poderia atender um cliente pequeno", afirmou um contato.

A pesquisa da PPI América Latina exclui as paradas já ocorridas nos primeiros meses deste ano, como o caso da planta da Veracel. A empresa conduziu, em março, sua manutenção anual, realizando uma perda de produção de cerca de 30 mil toneladas.

Fonte: Fernanda Belchior, Editora Sênior de Notícias, PPI América Latina

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