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Notícias
19
abr
2012
(AQUECIMENTO GLOBAL)
Mogno africano conquista espaço no Brasil
Madeira de lei, nobre e de alto valor comercial, o mogno nativo do Brasil tornou-se um artigo raramente encontrado. Como a atividade extrativista do mogno se tornou ilegal, muitos silvicultores desistiram de plantá-lo. Alguns poucos ainda se arriscam a cultivar a árvore de tronco avermelhado que já fez tanto sucesso no país.
Hoje, o que se tornou popular é o padrão mogno, móveis de pinus pintado com o castanho avermelhado da madeira original. Uma alternativa à extração e ao cultivo de mogno brasileiro foi a introdução da espécie africana, ocorrida de forma tímida há 35 anos atrás. A variedade trouxe alguma esperança para quem admira a madeira e para silvicultores do país.
As primeiras sementes do mogno africano foram trazidas por um pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em 1976. No jardim, localizado no centro da sede da empresa na Amazônia Oriental, estão os primeiros exemplares trazidos ao Brasil. A espécie é uma das quatro que compõem o gênero dos mognos africanos, que são da mesma família do mogno brasileiro, do cedro e da andirobeira.
A Khaya ivorensis, espécie importada, alcançou sucesso na Embrapa e tem chamado a atenção de muitos produtores. A procura por sementes e a área plantada têm aumentado de modo substancial. Isto porque ele apresenta muitas vantagens até sobre o mogno nativo. Cresce cerca de 30% mais rápido, chegando aos 13m de altura em média, apenas da altura da base até o primeiro galho. Além disso, é resistente à broca das ponteiras, principal praga do mogno brasileiro, que prejudica bastante a produção comercial.
Em Pirapora, no Norte de Minas Gerais, foram plantadas as primeiras mudas fora do solo amazônico. No município, os produtores pensam até em aumentar a área plantada. Uma grande vantagem é que a madeira possui as mesmas características comerciais das espécies nativas, mas não possuem restrições legais.
Talvez a maior dificuldade no cultivo seja colher as sementes, que ficam em volta da copa, em uma altura de até 40m. Mas, com a ajuda de guindastes, dá para fazer em um dia o trabalho de catadores que poderia durar até 20. Entre 15 e 20 dias, as mudas cultivadas em saquinhos estão prontas para serem plantadas.
Por enquanto, o mogno africano só não é resistente à formiga e à abelha arapuá. Ambas atacam as árvores ainda jovens. O uso de repelentes pode afastar os insetos. A única doença comum da árvore é o cancro, que ataca na fase adulta. Para tratá-lo, basta cortar as folhas e aplicar fungicida nas áreas afetadas.
O negócio é promissor, com um rendimento médio de R$ 1.200 por quilo do produto. Isto significa um retorno de R$ 45 mil por hectare ao ano. Ou seja, ao fim do cultivo, uma área de 100 hectares pode gerar mais de R$ 6 milhões de reais. No entanto, quem se animou com os números precisa ter cautela, pois este é um investimento de longo prazo e de custo relativamente alto.
Leia mais: http://www.cpt.com.br/noticias/mogno-africano-conquista-espaco-no-brasil#ixzz1sLQlx8HH
Hoje, o que se tornou popular é o padrão mogno, móveis de pinus pintado com o castanho avermelhado da madeira original. Uma alternativa à extração e ao cultivo de mogno brasileiro foi a introdução da espécie africana, ocorrida de forma tímida há 35 anos atrás. A variedade trouxe alguma esperança para quem admira a madeira e para silvicultores do país.
As primeiras sementes do mogno africano foram trazidas por um pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em 1976. No jardim, localizado no centro da sede da empresa na Amazônia Oriental, estão os primeiros exemplares trazidos ao Brasil. A espécie é uma das quatro que compõem o gênero dos mognos africanos, que são da mesma família do mogno brasileiro, do cedro e da andirobeira.
A Khaya ivorensis, espécie importada, alcançou sucesso na Embrapa e tem chamado a atenção de muitos produtores. A procura por sementes e a área plantada têm aumentado de modo substancial. Isto porque ele apresenta muitas vantagens até sobre o mogno nativo. Cresce cerca de 30% mais rápido, chegando aos 13m de altura em média, apenas da altura da base até o primeiro galho. Além disso, é resistente à broca das ponteiras, principal praga do mogno brasileiro, que prejudica bastante a produção comercial.
Em Pirapora, no Norte de Minas Gerais, foram plantadas as primeiras mudas fora do solo amazônico. No município, os produtores pensam até em aumentar a área plantada. Uma grande vantagem é que a madeira possui as mesmas características comerciais das espécies nativas, mas não possuem restrições legais.
Talvez a maior dificuldade no cultivo seja colher as sementes, que ficam em volta da copa, em uma altura de até 40m. Mas, com a ajuda de guindastes, dá para fazer em um dia o trabalho de catadores que poderia durar até 20. Entre 15 e 20 dias, as mudas cultivadas em saquinhos estão prontas para serem plantadas.
Por enquanto, o mogno africano só não é resistente à formiga e à abelha arapuá. Ambas atacam as árvores ainda jovens. O uso de repelentes pode afastar os insetos. A única doença comum da árvore é o cancro, que ataca na fase adulta. Para tratá-lo, basta cortar as folhas e aplicar fungicida nas áreas afetadas.
O negócio é promissor, com um rendimento médio de R$ 1.200 por quilo do produto. Isto significa um retorno de R$ 45 mil por hectare ao ano. Ou seja, ao fim do cultivo, uma área de 100 hectares pode gerar mais de R$ 6 milhões de reais. No entanto, quem se animou com os números precisa ter cautela, pois este é um investimento de longo prazo e de custo relativamente alto.
Leia mais: http://www.cpt.com.br/noticias/mogno-africano-conquista-espaco-no-brasil#ixzz1sLQlx8HH
Fonte: artigo de Maria Clara Corsino - CPT – Centro de Produções Técnicas
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